quinta-feira, 27 de junho de 2013
Quadrilha Maluca - Festa Junina 2013
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quarta-feira, 5 de junho de 2013
Projeto: Conhecendo Alfredo Wagner
Muitas vezes viajamos em busca e paisagens deslumbrantes, lugares ricos em história, com sabores irresistíveis e pessoas encantadoras. Buscamos romper fronteiras, tanto as territoriais quanto as do conhecimento, e temos a impressão de que só encontraremos isso a léguas e léguas de distância. Para quebrar esse tabu resolvemos mergulhar na história de nosso município e desvendar a Alfredo Wagner que ainda não conhecíamos.
Decidimos sentir o prazer de viajar pela nossa cidade, fazendo de cada saída de campo uma viagem pela cultura de nosso povo, pelas peculiaridades de nossa história e por nossas belezas naturais, aflorando assim o orgulho de ser Alfredense e despertando o desejo pelo conhecimento.
Viaje conosco, conheça Alfredo Wagner você também!
- Visita à Antiga Colônia Militar de Santa Tereza - Catuíra
- Visita ao Distrito de Lomba Alta
- Visita à Comunidade do Caeté
- Entrevista com o Senhor Leopoldo Shaffer
- Visita ao Distrito de São Leonardo - Antigo Quebra-Dentes
- Visita à Reserva Rio das Furnas
- Resgate Histórico Arnópolis - Barra da Jararaca
- Entrevista com Julita Andersen Hinckel
- Levantamento Histórico Rio Engano
- Entrevista com Cristina Huntemann Mess
- Visita ao Distrito de Rio Engano e Passo da Limeira
- História da comunidade de Santa Bárbara
Personalidades
Mais sobre a comunidade da Barra da Jararaca
- A vila
- Alguns moradores;
- O Casarão;
- A Escola e os Professores;
- Algumas Casas;
- Lazer da Comunidade;
- A Fauna e a Flora;
- O Rio e as Enchentes;
- Sobre a Autora dos textos sobre a Barra da Jararaca
terça-feira, 4 de junho de 2013
História da Comunidade de Santa Bárbara

Em 1920, Norberto Ventura chegou até a comunidade. Em 1921, o casal José Porcina e Manoel Amancio também se estabeleceu por lá e, no ano de 1925, chegou a família Cechetto, liderados pela matriarca, Dona Maria, que tinha como característica a religiosidade. Após ter perdido o marido de forma trágica – o homem caiu dentro de um tacho com água fervendo - ela revolveu deixar Orleans, e como tinha gostado muito das terras da região, resolveu comprá-las e se mudar com todos os filhos e um genro.
O tempo ia passando e a comunidade crescia a olhos vistos. Algumas das mais tradicionais famílias de Alfredo Wagner se estabeleceram, a princípio, na Santa Bárbara, como foi o caso de Mateus Mariotti e David Dorigon, patriarcas dessas fámilias. Além dessas, muitas outras famílias se estabeleceram em Santa Bárbara nesse início de colonização, entre elas os Stopassolli, Bombazar, Galvani, Heiderscheidt e os Schuster. A maioria dos colonos que na localidade se estabeleceram tinham origem Italiana.
A comunidade começou a se organizar. A religião sempre foi um ponto de união entre os moradores. Uma igrejinha foi construida. A madeira foi serrada a mão e construida pelo pessoal que ali morava. A primeira missa da comunidade foi celebrada na casa de Dona Maria Cechetto, no ano de 1926, pois a igreja ainda não estava pronta. A missa foi realizada por um padre chamado Gabriel, que atendia a capela de Bom Jesus, no Barracão.
No ano de 1927, a igreja ficou pronta e, devido à comunidade se situar em um local alto, o Padre Gabriel sugeriu que a Padroeira fosse Santa Bárbara. A comunidade é conhecida até hoje por esse nome. Nas missas, a família Cechetto cantava em Italiano e, sempre que a celebração acabava, o povo se reunia para dançar em frente à igreja, onde existiam algumas lajes de pedra. O local era chamado de Lajeado. A imagem para a igreja veio do Rio de Janeiro e demorou mais de dois anos para chegar até a comunidade, chegando com as pontas dos dedos quebrados – essa imagem foi restaurada apenas no ano de 2003. Do Rio de Janeiro também veio um sino, para uma igreja que foi construída posteriormente. O sino foi gentilmente doado a igreja pelo senhor Bépi, personagem marcante da comunidade.
No ano de 1928 o primeiro engenho de mandioca foi construído na comunidade. O proprietário foi o pioneiro na colonização da região, senhor Domingos. Na época, a alimentação na localidade se baseava no milho, pão e polenta. Isso era o básico nas casas – herança da cultura italiana.
Na década de 30, algumas famílias negras chegaram à localidade. Essas famílias passaram a trabalhar como camaradas para os colonos que ali moravam e precisavam de mão de obra para fazer suas roças. Elas se estabeleceram às margens do Arroio do Leão. Quando ocorria alguma festa, existia um baile separado para os brancos na casa principal e música em um paiol para que os negros pudessem dançar. Brancos e negros não se misturavam em festas na antiga Santa Bárbara.
Foi na década de 30 também que a primeira estrada foi aberta até o Barracão. A estrada existe até hoje e passa pelo Arroio do Leão. Era usada para que os carros de boi pudessem passar, facilitando (possibilitando) a ida e vinda de mercadorias até o Barracão.
Entre os anos de 1934 e 1938, Santo Antônio andou solto pela jovem comunidade. Muitos casamentos ocorreram durante esses anos, inclusive o casamento dos pais de Dona Erondina. Naquela época, os casamentos ocorriam primeiramente no civil. Casar na igreja somente acontecia no batismo do primeiro filho. Nas bodas de casamento sempre acontecia uma grande festa, envolvendo toda a comunidade. Se a noiva já casasse “redondinha” – grávida – certamente seria motivo de falatório. O povo da Santa Bárbara sempre gostou de muita dança e sempre que tinha oportunidade se reunia para festejar. O galpão onde as festas aconteciam era de chão batido e a poeira levantava à medida em que o pessoal arrastava o pé. Nessas festas se tomava uma bebida chamada concertada, que era uma mistura de água, cachaça, açúcar grosso, folhas de louro, cravo e canela. Os ingredientes eram fervidos, coados e depois fervidos novamente. Somente alguns anos depois as bebidas engarrafadas passaram a serem consumidas, sendo elas fabricadas em Rancho Queimado, na fábrica do Leonardo Sell.
O povo da Santa Bárbara sempre foi um povo trabalhador. Na região, se plantava muito feijão, batatinha e milho. As mesas eram fartas e tudo era produzido nas propriedades.
A primeira escola foi construída no ano de 1945. A construção da escola era a realização de um sonho para muitos dos moradores. Alguns até pagavam a estadia dos filhos em casas de localidades com escola para que eles pudessem estudar. Quem não tinha condições permanecia analfabeto, embora conhecessem os números e soubessem fazer contas. Muitos homens se reuniram para levantar a escola.Os materiais foram adquiridos através de doações. A senhorita Maria de Loudes Schlemper foi a primeira professora, sendo matriculados 58 alunos logo no primeiro dia de aula. Até hoje ela é lembrada por ter sido uma boa professora.
Na cultura do povo da Santa Bábara existiam dois “eventos” bastante importantes e frequentes, além da festa em honra à padroeira, Santa Bárbara, que ocorria no dia 4 de Dezembro. Era a surpresa e o pichurum.
O pichurum acontecia quando os homens se reuniam e derrubavam uma capoeira ou faziam uma grande roça. Como pagamento, a pessoa que recebia os serviços deveria oferecer um baile, com gaiteiro e tudo mais. Vinha gente de outras comunidades pra ajudar, trabalhavam felizes esperando anoitecer para se divertirem. Muitos namoros começavam em bailes de pichurum. Na “surpresa”, convidavam toda a vizinhança em sigilo, quem iria receber a surpresa, como o próprio nome já sugere, não poderia saber. No sábado, por volta das nove horas, todos chegavam em frente à casa e dois homens batiam na porta. Vinham abrir, e eles entravam no quarto, pegavam o dono da casa e traziam para a sala; abriam a porta, a gaita já tocava e a festa começava. Um porco gordo – ou galinhas - já era apanhado no chiqueiro, carneado e sua carne comida com pão, trazido pelos organizadores da surpresa. Dona Erondina, em seus relatos, conta que todos aguardavam ansiosos por pichuruns ou surpresas.
A energia elétrica só chegou até a comunidade no ano de 1982. Até então, tudo era feito com a ajuda de lampiões a querosene.
De 1992 a 1998, trinta e uma familias deixaram a comunidade e segundo, dona Erondina, por causa do plano Real que, a princípio, dificultou muito a vida dos pequenos agricultores.
Assim constituiu-se a comunidade de Santa Bárbara. Desde as primeiras machadadas de Domingos Farias, o pioneiro, passaram-se 96 anos. Apesar de ter sofrido com o êxodo rural, na década de 90, a localidade caminha firme, esbanjando agricultura pujante, povo simpático e trabalhador, destaque nos desportos – Santa Bárbara sempre teve exímios jogadores de futebol. A beleza cênica que circunda a vila é deslumbrante: de um lado, o Morro Redondo, com seu formato cônico; de outro, o esplendor da Serra Geral, representado pela Serra do Camelo e pela Serra dos Dorigon; ao norte, os vales do Arroio do Leão, Rio Caeté e, mais além, do caudaloso Rio Itajaí.
A comunidade é pacata. Seus membros passam a semana na lavoura e, nos fins de semana, divertem-se com partidas de futebol, tropeadas, bate-papo no boteco do Olíbio, vão a festas de igreja noutras comunidades... Certamente muito em breve Santa Bárbara será descoberta e apreciada por turistas, que certamente se fascinarão com as esplêndidas obras da natureza: cachoeiras, fojes, cavernas, montanhas, o frio do inverno...
E assim Santa Bárbara vive: orgulhosa de ser uma das regiões mais belas de Alfredo Wagner, dona de um rico passado, aproveitando o tempo presente e esperançosa no futuro.
Visita ao Distrito de Rio Engano
Antiga Igreja do Rio Engano |
Conforme constatamos Rio Engano foi outra comunidade diretamente atingida pela construção da
Barragem. O transporte mais uma vez foi generosamente fornecido pela Secretaria Municipal da Educação e desta vez ainda ganhamos um bônus, Isaias, o motorista que viveu no Rio Engano toda sua infância e juventude. Nessa viagem ele foi o nosso guia.
Como de costume realizamos um resgate histórico da comunidade e para isso contamos com a valiosa ajuda de Juliano Wagner, um dos maiores conhecedores sobre a rica história de nosso município.

falam da antiga igreja sempre se referem a ela com muito carinho e saudosismo. Nosso guia Isaias voltou no tempo nos contando sobre as festas de igreja que havia frequentado quando criança. Os mortos foram retirados do antigo cemitério e enterrados novamente no novo cemitério. O próprio Isaias ajudou no deslocamento do corpo de seu pai quando houve essa mudança. Ele comenta que nem todos os mortos foram trocados de lugar, pois como esse serviço ficou a cargo dos familiares e muitos dos enterrados já não tinham mais parentes na região, estes, acabaram ficando ali mesmo. Hoje no local resta apenas um túmulo e alguns amontoados de entulhos, formados pelas antigas catacumbas.
Após o passeio mórbido seguimos para a casa de Dona Cristina. Fomos recepcionados com um largo“É, de um mal eu me livrei. Sabem de qual? O mal de morrer jovem”. Espirituosa foi logo nos convidando para entrar e em casa ela nos concedeu um entrevista que pode ser conferida no link a seguir (entrevista com Dona Cristina).
sorriso em seu rosto. Professora Paula, Giovana – aluna responsável por essa comunidade – e eu, havíamos conhecido nossa anfitriã há algumas semanas, quando estávamos organizando o passeio e a visitamos para perguntar se ela receberia os alunos do Projeto Conhecendo Alfredo Wagner. Quando falamos que ela estava ainda mais forte do que da última vez que a tínhamos visto ela disse:
Dona Cristina nos mostrou seus animais, a antiga atafona e suas plantas,
inclusive um pé de catuto, não conhecido por muitos. Para completar a visita ainda fomos convidados a comer algumas bolachas caseiras que ela havia feito especialmente para nossa turma. Uma delícia, que fez muitos relembrarem dos tempos de infância na casa de suas avós.
nossa refeição e fomos fazer nossa sessão de fotos. Todos ficaram impressionados com a beleza da cachoeira e também pelo relevo do local, mas tínhamos que “levantar acampamento” e ir até o ponto onde reencontraríamos nosso transporte e também nosso guia. Fomos caminhando, margeando o Rio, onde pudemos ver algumas casas que retratam bem o estilo do povo que colonizou a região, muitas em estilo enxaimel e outra que só precisavam ter um moinho de vento ao lado para que nos sentíssemos na Holanda. Foi uma caminhada bastante longa - regada a frutas colhida das árvores próximas da estrada - e observada atentamente por alguns moradores que se deparavam com nossa pequena comitiva, e não entendiam o que estávamos fazendo perdidos por aquelas bandas, a pé.
No caminho passamos por um local bastante conhecido pelos moradores daquela região. Em 1983 ocorreu um grande deslizamento de terra, soterrando casas, animais, máquinas agrícolas e mudando completamente a paisagem do local. Felizmente o acidente não deixou vitimas fatais, mas serviu para alertar sobre a força da natureza e que sempre devemos viver em harmonia com ela.
charrete. Ouvimos falar muito nesse meio de transporte sempre que entrevistamos alguém mais idoso. Lá pudemos conhecer a aranha de perto e, além dela, a carroça ou carroção utilizada para todos os tipos de transportes na antiga Barracão.
De lá seguimos até uma pousada que também fica no Passo da Limeira e nos deparamos com um dos cenários mais lindos que já encontramos em nossas viagens de campo pelo município. Fomos guiados por Marco Antonio (filho dos donos da pousada), por uma trilha até a cachoeira da propriedade. A trilha exige muito preparo físico e tira nosso folego não
só pelo esforço, mas também pelas belas paisagens. Com a trilha sonora de John Towner Williams, no melhor estilo Indiana Jones, percorremos a trilha e ao chegamos até a cachoeira, o cenário era digno de algum filme de aventura. Uma imensa queda água, cercada por rochas que no passado serviam de abrigo para os índios. Espetacular. Quando o vento batia, algumas gotículas de água chegavam até nós, refrescando, revigorando e nos deixando completamente extasiados diante da beleza do lugar. Ficamos ali por alguns minutos, mas como sempre dependemos do relógio tivemos que voltar.
A volta foi um capitulo a parte, Marcos Gabriel, Giovana, professora Ana Paula e eu ficamos para trás, e constatamos que tanto o senso de orientação de Giovana ou o Laparcur de mata do Marcos Gabriel não são bons. Rimos muito e no final quase já não tínhamos mais forças para terminar o trajeto.
E assim concluímos nossa viagem “rio abaixo” conhecendo melhor as comunidades do Rio Engano e também do Passo da Limeira. Desfrutamos de suas belezas naturais e de sua história riquíssima.
Entrevista com Cristina Huntemann Mess
Dona Cristina nos mostrou uma foto com mais de sete décadas de existência, do ano de 1936, em que está retratada sua saudosa turma de aula, a professora Santinha e a antiga escola. Cheia de emoção recordou o nome de muitos de seus colegas e relembrou o grande respeito que todos os alunos tinham pela professora: “Ela batia com a régua na mesa e todo mundo já ficava quietinho, ela nunca precisou usar a régua em ninguém, mas tinha permissão de nossos pais para fazer uso, se fosse preciso”.
Conhecemos uma lousa, usada pelos irmãos mais velhos de Dona Cristina na escola: “Antes não existia papel pra usar na escola, eles usavam essa lousa, copiavam, resolviam, a professora corrigia e eles apagavam para poder usar novamente.” Como ela não chegou a usar a lousa nos mostrou o que usava para escrever, uma caneta tinteiro, que era manuseada com muito gosto. Ela nos contou sobre o quanto gostava de nas aulas de português aprender a escrever cartas.
anos e com 8 filhos em casa para criar, ela permanece uma fortaleza, esbanjando energia e bom humos: Entre fotos, boas risadas e muitas histórias, concluímos nossa visita até a propriedade de Dona Cristina, mas não sem antes provarmos de uma deliciosa bolacha caseira, feita especialmente para ser servida para nós.
Foi maravilhoso conhecer essa mulher, forte, dinâmica e plenamente co nsciente de que um povo sem passado não tem futuro, que toma como base as experiências que já presenciou para construir um amanhã melhor, que transformou os seus 80 anos em sabedoria e vive uma vida simples, recheada de boas lembranças e cheia de amor.
Levantamento Histórico Rio Engano
O distrito de Rio Engano está situado no extremo norte do município de Alfredo Wagner. Sua economia é essencialmente agrícola, predominando o cultivo do fumo e da cebola.
Rio Engano foi colonizado em fins do século XIX, por famílias oriundas do litoral catarinense ou da colônia Santa Isabel, hoje Águas Mornas.
As famílias vindas do litoral foram os Luz, os Silva – lembrando que há na localidade três clãs Silva, não sendo parentes entre si – os Mello, os Muniz e os Chaves.
Da Colônia Sta. Isabel e adjacências vieram imigrantes holandeses, como os Hoegen e os Van Bömmel, e alemães, como os Hüntemann, Mees, Klöppel, Küster, Mannrich, Heller, Schlichting, Thiesen, entre outros.
O linguajar falado em Rio Engano é bastante distinto: percebe-se claramente a pronúncia chiada em algumas palavras (Francisco é dito Francichco). Atribui-se essa peculiaridade à origem litorânea de algumas famílias.
Há duas teorias para a origem do topônimo: a primeira – a mais plausível e aceita – diz que alguns colonizadores, vindos da região de Blumenau para se instalarem no vale do Rio Jararaca, enganaram-se e permaneceram no vale do Rio Engano, realmente com geografia deveras semelhante. A segunda versão fala que o rio, com tantas e tão acentuadas curvas, causa “engano” a quem o observa... em certos lugares, ele corre em direção ao leste, ou seja, ao mesmo lado onde nasce.
Rio Engano tornou-se distrito em 23/09/2004, através de decreto sancionado pelo então prefeito Sérgio Biasi Silvestri.
Por: Juliano Norberto Wagner
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Foto: Renato Rizzaro |
Entrevista com Julita Andersen Hinckel

Não havia muitas formas de lazer naquele tempo. Segundo Julita, além das domingueiras, nos finais de semana as crianças e os jovens se reuniam para jogar peteca: “a gente fazia até torneio”. As famílias se distraíam com os rádios e com as vitrolas, que funcionavam a pilhas.

O primeiro morador a possuir um automóvel foi um dos funcionários da Colonizadora e o veículo motorizado chamava a atenção de todos.
Os relatos de Dona Julita e suas fotos nos deram uma maior noção sobre aquela importante e desenvolvida comunidade que já deixou de existir há décadas, mas que ainda continua viva na memória de seus antigos moradores.
Resgaste histórico Arnópolis - Barra da Jararaca
Segundo relatos os moradores mais antigos desta comunidade foram: Benjamim Frederico Andersen, Alberto Probst e Villy Schwmacher.
O principal motivo da decadência de Arnópolis foi a construção da barragem de Ituporanga. Os moradores tiveram que se retirar de suas terras e foram indenizados por isso. Este processo iniciou-se em 1968 e perdurou até 1978.


(OBS: As fotos pertencem respectivamente ao arquivo pessoas de Julita Andersen Hickel (primeira e segunda foto), Naudir Antônio Schmitz e Liberato Mazzini)
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Vista do local onde ficava Arnópolis - Foto: Suzanne Werlich Schmitz |
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Vista do local onde ficava Arnópolis - Foto: Suzanne Werlich Schmitz |
Visita a Reserva Rio das Furnas
No dia 15 de abril nosso destino foi a Reserva Rio das Furnas. A Reserva está inserida em um canyon no Alto da Boa Vista, em Alfredo Wagner. Faz parte do divisor de águas mais importante do estado de Santa Catarina, área de tangência entre as bacias dos rios Tijucas, Cubatão, Tubarão e Itajai-açu.
Fomos recebidos pelos proprietários da Reserva Particular do Patrimônio Natura (RPPN), Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka. Nos sentimos como se estivéssemos em um refúgio, uma área em que a natureza se renova e nos mostra toda sua exuberância.
A reserva fica na comunidade de São Leonardo. Fomos até lá de
Renato nos encontrou logo na entrada da Reserva, andamos mais alguns metros e logo já avistamos a casa centenária. Construída a partir da madeira de três araucárias cortadas a mão e trazidas até o fundo da escarpa no lombo de mulas, a casa foi erguida por um dos antigos donos das terras, o senhor Orlando Althoff. Lá renovamos nossas energias com a água incrivelmente fresca da Reserva.
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Foto: Renato Rizzato |
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Foto: Renato Rizzaro |

Gabriela nos alertou de que pumas também conhecidos como leões-baios ou suçuaranas, necessitam de uma grande área para sobreviver. Os ataques acontecem devido a crescente destruição dos habitats e, consequentemente, da diminuição da disponibilidade de alimentos. É por isso que às vezes os pumas atacam pequenos animais domésticos como ovelhas e bezerros e, são frequentemente perseguidos por fazendeiros, situação essa em que o proprietário da Fazenda São Leonardo não se enquadra. Ainda assim é comum ouvirmos histórias e até mesmo vermos fotos de “leões” mortos por fazendeiros aqui em nosso município, principalmente na Serra da Santa Bárbara e na Região do Campo dos Padres.
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Foto: Renato Rizzaro |
Antes de realizar o passeio tínhamos assistido o programa especial sobre a Reserva Ecológica Rio das Furnas do Terra da Gente e a frase que havia nos chamado atenção “Produzimos sombra e água fresca” se mostrou verdadeira.
Produzindo sombra e água fresca eles resgataram um verdadeiro paraíso dentro de nossa cidade, aquele é um lugar que é um retrato de nossa Alfredo Wagner; belas paisagens, relevo e biodiversidade riquíssimos...
Para saber mais sobre a Reserva acesse: http://www.riodasfurnas.org.br/
http://www.youtube.com/user/
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