O
dia 8 de março é um marco na luta pelos direitos das mulheres ao redor do
mundo. Se fosse possível retroceder no tempo e contar para um cidadão do começo
do século 20 que as mulheres, hoje, votam, tem média de escolaridade maior que
a dos homens, governam países e estão inseridas amplamente no mercado de
trabalho, talvez o sujeito não acreditasse no relato.
Historicamente, a mulher ficou
subordinada ao poder masculino, tendo basicamente a função de procriação, de
manutenção do lar e de educação dos filhos.
No século XX, depois das grandes
guerras mundiais, dos avanços científicos e tecnológicos, surge
irrevogavelmente a possibilidade de outro espaço para a mulher. Por volta da
década de 40, o feminismo dá seus primeiros passos, e com isso começa a pensar na
possibilidade de um futuro diferente daquele que lhe reservaram culturalmente e
historicamente. As mulheres já vinham em um processo, lento e gradual de
conquistas sociais, econômicas e jurídicas, mas é a partir de então que se
intensificam as discussões e lutas pela superação da situação das mulheres.
Se comparados a milênios de
inferiorização, submissão e desqualificação, os avanços conquistados,
arduamente, nas últimas décadas são pequenos, mas fundamentais para a
consolidação do processo histórico e cultural da mulher ao lado do homem com as
mesmas possibilidades de ser na sociedade.
A mulher se depara ainda, hoje
com esta contradição: por um lado, uma herança histórica que a limitou a ser
mãe, esposa; por outro, a possibilidade de escolher seu futuro e se fazer
sujeito de sua história, bem como da humanidade, em pé de igualdade com o sexo
masculino.
Quando se fala em violência
doméstica contra a mulher, depara-se com um fenômeno histórico e cultural
aterrorizante e invisível, por ser uma violência velada, uma vez que chega ao
conhecimento público uma pequena parte da realidade existente.
Destaca-se entre as conquistas
feministas a criação das delegacias especializadas para atendimento às
mulheres. E, leis como a Maria da Penha que com as quais pode se constatar
grande avanço com a causa feminina, cujos maus tratos por parte de seus
companheiros não poderiam continuar no âmbito privado.
As mulheres representam 51,5% da
população. A
taxa de fecundidade continua caindo, o trabalho doméstico deixou de ser a atividade
que mais emprega mulheres: em 2009, 17,1% das mulheres economicamente ativas
eram trabalhadoras domésticas. Em 2011, esse percentual diminuiu para 15,6%.
56,6% das
trabalhadoras estão no setor de serviços; 26% das famílias são chefiadas pelas mulheres
(mais de
24 milhões de famílias);
Em média,
dedicam 7,5 anos aos estudos, contra 7,1 anos dos homens. A média de vida das
mulheres é 77,7 anos em contrapartida à dos homens, que é de 70,6.
Podemos dizer que o dia 24 de
fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi
instituído o voto feminino. Além dessa, conseguiram muitas outras conquistas: De entrar no
mercado de trabalho; direito ao divórcio; poder ser eleita para o governo;
evitar a gravidez (com contraceptivos); usar calças compridas; a mulher casada
passa a ter os mesmos direitos do marido no mundo civil.
Muitos são os
resultados alcançados pelas mulheres, mas tem-se muito pelo que lutar. O
preconceito, a discriminação, a violência, as desigualdades ainda são um
tormento que atingem a mulher.
A mulher
submissa, tratada como objeto, o "sexo frágil", está cada vez
deixando de existir, dando lugar à mulher batalhadora, independente,
trabalhadora, ciente de seus direitos perante a sociedade. Vem derrubando
tabus, revolucionando tradições, marcando presença em lugares antes restritos
somente aos homens.
As mulheres não
devem silenciar, devem ir atrás de seus direitos e nunca deixar abater pelos
obstáculos que a sociedade impõe. Devem trabalhar em grupo, denunciando e reagindo
contra a impunidade para que seja reconhecida e respeitada como seres humanos.
Conquistar a
igualdade e a justiça, esses são alguns dos objetivos que as mulheres estão
lutando para alcançar. Luta essa que começou a muito tempo e que não tem prazo
para acabar.
Finalizando, verifica-se que é
mais difícil do que mudar a lei é mudar as mentalidades. Muitas coisas em nossa
legislação precisam ser transformadas, mas, antes de tudo, é fundamental que se
mudem as relações assimétricas entre mulheres e homens. Somente tais mudanças
conduzirão à igualdade, à liberdade e à autonomia das mulheres, cujo resultado
será uma transformação social, com homens e mulheres livres, construindo um
mundo mais justo.
Link útil para sua pesquisa:
http://vamoscontar.ibge.gov.br/atividades/ensino-medio/57-piramides-etarias-e-realidades-brasileiras
Atividades
Atividade 1 à Produzir um
artigo colocando em evidencia a situação da mulher em relação às suas
conquistas, às pirâmides etárias (procure explicar o porquê dessa situação),
controle de natalidade, etc.
Atividade 2 à Produzir um
vídeo onde as protagonistas são mulheres (mães de alunos) contando suas buscas,
lutas, dificuldades, conquistas, etc.
Atividade 3 à Produzir
cartazes com dados, mostrando e comparando as realidades brasileira,
catarinense e alfredense, com base no link acima e em dados que pesquisar.
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