quarta-feira, 18 de junho de 2014

Curiosidades da Copa

Copa 1930 – Uruguai

A taça original
Originalmente, a taça Jules Rimet foi batizada de “Vitória das Asas de Ouro”. Em disputa no Mundial de 1930, ela tinha 30 cm de altura e pesava 4 quilos – sendo 1,8 Kg de ouro maciço.

Um “ovo” traiçoeiro.
A primeira bola usada em Copas do Mundo era de couro e costurada à mão, com uma câmara de borracha e um bico usado para enchê-la, que ficava dobrado e fechado com tiras de couro cru. O problema é que a bola ficava com um calombo, o que desviava a sua trajetória e ainda causava ferimentos nos jogadores. Alguns atletas usavam gorros forrados com jornal para poder cabecear a bola.

Copa 1934 – Itália

Recusa de risco
A Itália, sede da Copa de 1934, vivia sob o regime fascista, comandado por Benito Mussolini. A ideia do ditador era usar o Mundial como propaganda favorável ao governo. Dias antes da estreia da seleção anfitriã, Mussolini convocou toda a equipe para participar de um desfile militar. O técnico italiano, porém, disse que o evento iria desgastar e cansar os atletas. Mussolini respondeu: “Que Deus o proteja se essa seleção fracassar”.

Tudo em branco
Na disputa pela terceira colocação do Mundial de 1934, Áustria e Alemanha entraram em campo com camisas brancas. Os austríacos, então, vestiram o uniforme do clube italiano Napoli. Ganharam a simpatia da torcida, mas o jogo ficou 3 x 2 para os alemães.  

Copa 1938 – França

Diamante negro
Leônidas da Silva, inventor da bicicleta no futebol, foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1938, tendo balançado as redes nas quatro partidas que disputou na competição. O “diamante negro”, como era conhecido, é, ainda hoje, o único jogador brasileiro que fez gols em todos os jogos que disputou em Mundiais – ele também disputou a Copa de 1934.

Nas ondas do rádio
Pela primeira vez, as partidas da seleção brasileira foram transmitidas ao vivo para o país, através do rádio. Por linhas telefônicas intercontinentais, a voz do locutor Gagliano Netto, que ficava à beira do gramado, chegava aos brasileiros.  

Copa  1950 - Brasil
  
Duelo superlativo
A partida decisiva entre Brasil e Uruguai registra o recorde de público em um jogo de Copa do Mundo. Até hoje, os 173.830 presentes no estádio Maracanã não foram superados.

Surge a numeração
A Copa do Mundo de 1950 foi a primeira em que as seleções adotaram numeração para os jogadores. Os números variavam de 1 a 11 de acordo com a posição dos atletas.

Copa 1954 – Suíça. 

O milagre das travas
Os alemães usavam chuteiras de travas na decisão do Mundial de 1954 contra a Hungria. A novidade criada por Adolf Adi Dassler, fundador da Adidas, ajudou os germânicos a derrotarem a então favorita, campeã olímpica de 1952 e invicta havia 31 partidas. O feito foi ainda mais possível em função do encharcado gramado de Berna, na Suíça.

Festival de bola na rede
A Copa do Mundo de 1954 teve a maior média de gols por partida da história dos Mundiais. Foram 140 em 26 jogos, ou 5,38 por partida. Boa parte em função da Hungria, que marcou 27 vezes em cinco confrontos, a maior média de uma seleção ainda hoje: 5,4 por partida.

Copa 1958 – Suécia

Nasce o Rei
Pelé marcou o gol brasileiro na partida em que a seleção venceu por 1 x 0 o País de Gales e se tornou o futebolista mais jovem a marcar em Mundiais, até a época. Ele, ainda hoje, é o jogador mais novo da história a ser campeão mundial, com apenas 17 anos.

Tudo por uma bola
O massagista da Seleção Brasileira na Copa de 1958, Mário Américo, ficou com a incumbência, dada pelo dirigente Paulo Machado de Carvalho, de conseguir trazer para o Brasil a bola da decisão. Depois do jogo, quando o árbitro estava com a bola nos braços, Américo deu um soco na pelota e saiu correndo com ela para os vestiários. Quando o árbitro foi até o local recuperar a bola, recebeu uma outra qualquer no lugar.

Copa 1962 – Chile

Na era do videoteipe
A Copa do Mundo de 1962 foi a primeira a ser transmitida pela TV. No entanto, não era ao vivo, mas por videoteipe. As fitas chegavam de avião e eram passadas dois dias depois da realização dos jogos.  

Preocupação
Na manhã da semifinal contra o Chile, a comissão técnica brasileira saiu para comprar salame, mortadela, queijo e pão. Os jogadores almoçaram apenas sanduíches. Como o jogo era contra os donos da casa, a seleção estava com medo de que algo pudesse ser colocado na comida do hotel em que o time estava hospedado.


Copa 1966 – Inglaterra
Não jogarás aos domingos
A religião anglicana exerceu influência na tabela da Copa de 1966. O Mundial da Inglaterra não teve partidas disputadas aos domingos por motivos religiosos.

Zebra coreana
Considerada uma das maiores zebras da história das Copas, a vitória da Coreia do Norte por 1 x 0 sobre a Itália classificou os asiáticos para a fase seguinte e eliminou os, até então, bicampeões mundiais. Foi a primeira vitória de uma seleção da Ásia em Mundiais.  

Volta para casa
A Itália foi recebida com frutas e tomates após eliminação na 1ª fase do Mundial.

Copa 1970 – México

Replay, uma novidade.
A primeira Copa transmitida via satélite pela televisão e em cores foi a de 1970, no México. Outra novidade seria o replay instantâneo, poucos instantes após os lances acontecerem.

Foi a quarta e ultima copa que Pelé disputou. O rei do futebol marcou 10 gols e venceu 3 vezes a principal competição de futebol do mundo.

O banco e os cartões
A Copa do Mundo de 1970 apresentou novidades nas regras do futebol. A primeira delas foi a substituição de jogadores. A FIFA permitiu a troca de dois atletas por jogo e cinco passaram a figurar no banco de reservas. Outra inovação foi o uso dos cartões amarelo e vermelho, criado anteriormente pelo presidente da comissão de arbitragem e ex-juiz inglês, Ken Aston.

Copa 1974 – Alemanha
Duas Alemanhas.
Coincidentemente, a Copa de 1974, realizada na Alemanha Ocidental, foi a primeira a ter a presença da Alemanha Oriental, Divididas por causa da Guerra Fria, os países caíram na mesma chave na primeira fase. A vizinha oriental venceu os anfitriões por 1 x 0.  

Posse transitória
Com a posse definitiva da taça Jules Rimet pelo Brasil, a FIFA colocou em disputa um novo troféu – o mesmo que é disputado atualmente – batizado de Copa do Mundo da FIFA. Chegou-se a cogitar em dar o nome do prêmio de taça Pelé. A nova taça foi escolhida entre 53 projetos enviados à entidade máxima do futebol.  O troféu passou a ter a posse transitória pelos países campeões até o Mundial seguinte.  

Copa 1978 – Argentina

Apito fora de hora
Na partida de estreia da seleção brasileira em 1978, contra a Suécia, o árbitro anulou um gol de cabeça de Zico, após cobrança de escanteio de Nelinho, no finzinho do jogo. O juiz alegou que havia apitado o fim da partida, que terminou 1 x 1, quando a bola estava no ar.    

Goleada suspeita
A Copa de 1978 foi marcada por uma das maiores suspeitas dos Mundiais. Nas quartas de finais, no formato de dois grupos, com quatro seleções em cada, a Argentina necessitava ganhar por quatro gols ou mais de diferença do Peru para ficar com a vaga na decisão, superando assim o saldo de gols do Brasil. Os argentinos venceram por 6 x 0.  

Copa 1982 – Espanha

Zico quase lá
Zico foi um dos principais candidatos para ser o craque da copa de 1982. O Galinho de Quintino teve uma atuação fabulosa entre passes para gols e finalizações. O Brasil, do técnico Telê Santana, no entanto, caiu diante da Itália, por 3 x 2.  

Nova fórmula de disputa
A Copa do Mundo de 1982 foi a primeira a contar com 24 seleções, o que motivou a elaboração de uma nova fórmula de disputa. Passou-se a ter seis grupos com quatro times cada. Classificavam os dois primeiros de cada chave, que eram divididos em quatro chaves. Os melhores avançavam às semifinais. A abertura de mais vagas nas eliminatórias para equipes asiáticas e africanas foi uma promessa do então presidente da FIFA, João Havelange, que ganhou apoio para nova candidatura ao cargo.

     


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