Copa 1930 – Uruguai
A taça original
Originalmente, a taça Jules Rimet foi batizada de
“Vitória das Asas de Ouro”. Em disputa no Mundial de 1930, ela tinha 30 cm de
altura e pesava 4 quilos – sendo 1,8 Kg de ouro maciço.
Um “ovo” traiçoeiro.
A primeira bola usada em Copas do Mundo era de
couro e costurada à mão, com uma câmara de borracha e um bico usado para
enchê-la, que ficava dobrado e fechado com tiras de couro cru. O problema é que
a bola ficava com um calombo, o que desviava a sua trajetória e ainda causava
ferimentos nos jogadores. Alguns atletas usavam gorros forrados com jornal para
poder cabecear a bola.
Copa 1934 – Itália
Recusa de risco
A Itália, sede da Copa de 1934, vivia sob o regime
fascista, comandado por Benito Mussolini. A ideia do ditador era usar o Mundial
como propaganda favorável ao governo. Dias antes da estreia da seleção
anfitriã, Mussolini convocou toda a equipe para participar de um desfile
militar. O técnico italiano, porém, disse que o evento iria desgastar e cansar
os atletas. Mussolini respondeu: “Que Deus o proteja se essa seleção
fracassar”.
Tudo em branco
Na disputa pela terceira colocação do Mundial de
1934, Áustria e Alemanha entraram em campo com camisas brancas. Os austríacos,
então, vestiram o uniforme do clube italiano Napoli. Ganharam a simpatia da
torcida, mas o jogo ficou 3 x 2 para os alemães.
Copa 1938 – França
Diamante negro
Leônidas da Silva, inventor da bicicleta no
futebol, foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1938, tendo balançado as redes
nas quatro partidas que disputou na competição. O “diamante negro”, como era
conhecido, é, ainda hoje, o único jogador brasileiro que fez gols em todos os
jogos que disputou em Mundiais – ele também disputou a Copa de 1934.
Nas ondas do rádio
Pela primeira vez, as partidas da seleção
brasileira foram transmitidas ao vivo para o país, através do rádio. Por linhas
telefônicas intercontinentais, a voz do locutor Gagliano Netto, que ficava à
beira do gramado, chegava aos brasileiros.
Copa 1950 -
Brasil
Duelo superlativo
A partida decisiva entre Brasil e Uruguai registra
o recorde de público em um jogo de Copa do Mundo. Até hoje, os 173.830
presentes no estádio Maracanã não foram superados.
Surge a numeração
A Copa do Mundo de 1950 foi a primeira em que as
seleções adotaram numeração para os jogadores. Os números variavam de 1 a 11 de
acordo com a posição dos atletas.
Copa 1954 – Suíça.
O milagre das travas
Os alemães usavam chuteiras de travas na decisão do
Mundial de 1954 contra a Hungria. A novidade criada por Adolf Adi Dassler,
fundador da Adidas, ajudou os germânicos a derrotarem a então favorita, campeã
olímpica de 1952 e invicta havia 31 partidas. O feito foi ainda mais possível
em função do encharcado gramado de Berna, na Suíça.
Festival
de bola na rede
A Copa do Mundo de 1954
teve a maior média de gols por partida da história dos Mundiais. Foram 140 em
26 jogos, ou 5,38 por partida. Boa parte em função da Hungria, que marcou 27
vezes em cinco confrontos, a maior média de uma seleção ainda hoje: 5,4 por
partida.
Copa 1958 – Suécia
Nasce o
Rei
Pelé marcou o gol
brasileiro na partida em que a seleção venceu por 1 x 0 o País de Gales e se
tornou o futebolista mais jovem a marcar em Mundiais, até a época. Ele, ainda
hoje, é o jogador mais novo da história a ser campeão mundial, com apenas 17
anos.
Tudo por
uma bola
O massagista da Seleção
Brasileira na Copa de 1958, Mário Américo, ficou com a incumbência, dada pelo
dirigente Paulo Machado de Carvalho, de conseguir trazer para o Brasil a bola
da decisão. Depois do jogo, quando o árbitro estava com a bola nos braços,
Américo deu um soco na pelota e saiu correndo com ela para os vestiários.
Quando o árbitro foi até o local recuperar a bola, recebeu uma outra qualquer
no lugar.
Copa 1962 – Chile
Na era
do videoteipe
A Copa do Mundo de 1962
foi a primeira a ser transmitida pela TV. No entanto, não era ao vivo, mas por
videoteipe. As fitas chegavam de avião e eram passadas dois dias depois da
realização dos jogos.
Preocupação
Na manhã da semifinal contra
o Chile, a comissão técnica brasileira saiu para comprar salame, mortadela,
queijo e pão. Os jogadores almoçaram apenas sanduíches. Como o jogo era contra
os donos da casa, a seleção estava com medo de que algo pudesse ser colocado na
comida do hotel em que o time estava hospedado.
Copa 1966 – Inglaterra
Não
jogarás aos domingos
A religião anglicana
exerceu influência na tabela da Copa de 1966. O Mundial da Inglaterra não teve
partidas disputadas aos domingos por motivos religiosos.
Zebra
coreana
Considerada uma das
maiores zebras da história das Copas, a vitória da Coreia do Norte por 1 x 0
sobre a Itália classificou os asiáticos para a fase seguinte e eliminou os, até
então, bicampeões mundiais. Foi a primeira vitória de uma seleção da Ásia em
Mundiais.
Volta para casa
A Itália foi recebida com frutas e tomates após eliminação na 1ª fase do
Mundial.
Copa 1970 – México
Replay,
uma novidade.
A primeira Copa
transmitida via satélite pela televisão e em cores foi a de 1970, no México.
Outra novidade seria o replay instantâneo, poucos instantes após os lances
acontecerem.
Foi a quarta e ultima copa que Pelé disputou. O rei do futebol marcou 10
gols e venceu 3 vezes a principal competição de futebol do mundo.
O banco e os cartões
A
Copa do Mundo de 1970 apresentou novidades nas regras do futebol. A primeira
delas foi a substituição de jogadores. A FIFA permitiu a troca de dois atletas
por jogo e cinco passaram a figurar no banco de reservas. Outra inovação foi o
uso dos cartões amarelo e vermelho, criado anteriormente pelo presidente da
comissão de arbitragem e ex-juiz inglês, Ken Aston.
Copa
1974 – Alemanha
Duas
Alemanhas.
Coincidentemente, a Copa
de 1974, realizada na Alemanha Ocidental, foi a primeira a ter a presença da
Alemanha Oriental, Divididas por causa da Guerra Fria, os países caíram na
mesma chave na primeira fase. A vizinha oriental venceu os anfitriões por 1 x
0.
Posse
transitória
Com a posse definitiva da
taça Jules Rimet pelo Brasil, a FIFA colocou em disputa um novo troféu – o
mesmo que é disputado atualmente – batizado de Copa do Mundo da FIFA. Chegou-se
a cogitar em dar o nome do prêmio de taça Pelé. A nova taça foi escolhida entre
53 projetos enviados à entidade máxima do futebol. O troféu passou a ter a posse transitória
pelos países campeões até o Mundial seguinte.
Copa 1978 – Argentina
Apito
fora de hora
Na partida de estreia da
seleção brasileira em 1978, contra a Suécia, o árbitro anulou um gol de cabeça
de Zico, após cobrança de escanteio de Nelinho, no finzinho do jogo. O juiz
alegou que havia apitado o fim da partida, que terminou 1 x 1, quando a bola
estava no ar.
Goleada
suspeita
A Copa de 1978 foi
marcada por uma das maiores suspeitas dos Mundiais. Nas quartas de finais, no
formato de dois grupos, com quatro seleções em cada, a Argentina necessitava
ganhar por quatro gols ou mais de diferença do Peru para ficar com a vaga na
decisão, superando assim o saldo de gols do Brasil. Os argentinos venceram por
6 x 0.
Copa 1982 –
Espanha
Zico
quase lá
Zico foi um dos
principais candidatos para ser o craque da copa de 1982. O Galinho de Quintino
teve uma atuação fabulosa entre passes para gols e finalizações. O Brasil, do
técnico Telê Santana, no entanto, caiu diante da Itália, por 3 x 2.
Nova
fórmula de disputa
A Copa do Mundo de 1982
foi a primeira a contar com 24 seleções, o que motivou a elaboração de uma nova
fórmula de disputa. Passou-se a ter seis grupos com quatro times cada.
Classificavam os dois primeiros de cada chave, que eram divididos em quatro
chaves. Os melhores avançavam às semifinais. A abertura de mais vagas nas
eliminatórias para equipes asiáticas e africanas foi uma promessa do então
presidente da FIFA, João Havelange, que ganhou apoio para nova candidatura ao
cargo.
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