Nascido
na comunidade do Caeté e tendo vivido ali durantes seus 81 anos – “Eu nasci aqui e tô por aqui”. Seu
Leopoldo Schaffer nos recebe em sua casa para uma conversa sobre as riquezas de
sua comunidade. Relembramos o passado e conhecemos um pouco mais sobre o Caeté.
Ele
relembra de tempos do passado, quando a vida era muito mais difícil e os
invernos eram muito mais rigorosos –
“Hoje não dá mais inverno”. Falou-nos sobre as grandes nevascas que caíram
sobre a região e de como era bonito ver a neve caindo feito pedaçinhos de
papel. Segundo seu Leopoldo/segundo Schaffer, uma nevasca que aconteceu na
década de 1950, chegou mesmo até a derrubar os galhos de alguns pinheiros
devido ao grande peso que a neve acumulava.
Suas
terras foram requeridas junto à companhia de colonização. Seu Leopoldo se
orgulha ao mencionar que “nenhum alemão
que veio pra cá, era bobo”, pois todos tinham suas profissões e trabalhavam
muito para se darem bem na nova terra. A origem de muitos sobrenomes alemães
tem relação com o nome de profissões. Por exemplo: May – quem trabalha com
laticínios; Schäfer – pastor de ovelhas; Schmitiz – ferreiro e Zimmermann –
carpinteiro.
“Vocês não sabem o que a gente passou”.
Assim seu Leopoldo alerta os alunos para que valorizem seu passado, pois muito
já foi feito pelas mãos de bravos imigrantes que trabalharam para colonizar
nossa terra. Ele lamenta a falta de interesse da juventude em manter o idioma
alemão presente em suas vidas, mas fica feliz em poder participar do projeto e
em conversar com nossos alunos, tendo assim a oportunidade de deixar uma parte
desse passado registrado em nossos cadernos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário