Em
virtude do Projeto “Conhecendo Alfredo Wagner”, realizamos no dia 13 de março
uma visita à antiga Colônia Militar Santa Teresa. Acompanhada pelos alunos do
2º ano do ensino médio inovador e pelas professoras Eliziane, Angela e
Rosemari, nossa visita pelas ruas cheias de histórias foi guiada pelo professor
Juliano Norberto Wagner, que mesmo não lecionando neste ano na Silva Jardim
aceitou o convite, nos proporcionando uma viagem até os primórdios de nosso município
em uma manhã de conhecimento na Catuíra.
Catuíra,
uma pacata comunidade da cidade de Alfredo Wagner, “Terra do Mel”, quem diria
que teria uma bagagem histórica tão grande. Iniciamos nossa visita no Marco do
Centenário, onde conhecemos a história da criação da Colônia Militar. Podemos
visualizar, embora de longe, por onde passavam as estradas que faziam a ligação
entre Desterro (Floripa) e a cidade de Nossa Senhora dos Prazeres da Lages
(Lages), que aliás, naquela época pertencia a São Paulo e o estado do Paraná
ainda nem existia. Seu Juliano nos contou também o porquê que, a existência de
uma Colônia Militar naquele ponto estratégico era tão importante naquela época
e comentou sobre “Guarda Velha”. o primeiro local onde a Colônia tentou se
estabelecer e o porquê da desistência do mesmo.
Após
a aula de história, seguimos o caminho feito de pedras, pedras estas retirada
de um morro que pode ser avistado dali mesmo. Seguimos até a Igreja e além de
mim, boa parte do nosso grupo não a conheciam. A igreja é um grande marco da fé
católica, afinal, os Militares vieram para Colônia e menos de um ano depois, já
colocaram de pé um local para servir de “A Casa de Deus”. Dentro da Igreja,
podemos ver em uma pintura de como era a primeira igreja católica da nossa Arquidiocese.
No local onde ela foi construída, no ano de 1855, hoje existe uma nova igreja inaugurada
no ano de 1958. Podemos ouvir de Dona Erna, que primeiro as paredes foram
erguidas e somente após a cobertura já estar pronta, a antiga igreja foi
desmontada.
Nas
paredes laterais da igreja, se encontram várias pinturas que formam quase uma
linha do tempo, contando a história da comunidade. Iniciamos com a alusão de um
encontro pacifico e amistoso com os índios que outrora ocuparam estas terras. Na
cena, eles estavam sendo catequisados e pareciam estar felizes com isso. Seu
Juliano alertou os alunos contando algumas passagens sobre bugreiros, mostrando
que nem sempre os encontros eram pacíficos. Os bugreiros eram contratados pelo
governo, para que, pelo fio de sua espada. eliminassem os índios que
dificultavam a ocupação dos brancos na região ainda desabitada.
Em
outra cena podemos ver a “Guarda Velha” e também um morro coberto de neve. O
frio intenso e meses de fortes chuvas foram os principais motivos para que os
militares de lá debandassem, até chegarem a Catuíra, local muito mais amistoso
e com mais potencial agrícola.
Entre
outras cenas retratadas nas paredes da Igreja vimos uma que particularmente me
chamou a atenção. A pintura mostrava a Imperatriz Tereza Cristina (de quem a
colônia herdou o nome) presenteando a comunidade com uma Santa, no caso Santa
Tereza. O que me chamou a atenção foi essa imagem não mais existir na igreja,
segundo Seu Juliano ela teria sido vista por um antigo morador, exposta em um museu
no Rio de Janeiro.
Para
finalizar subimos até o “Coreto”, onde tivemos uma visão privilegiada da Igreja
e ainda podemos ver de perto um Orgão, que existe desde de meados do século XIX.
Saindo da igreja, ouvimos mais alguns fatos interessantes sobre a escolha do
local da igreja matriz e, a seguir, os alunos tiraram algumas fotos para usarem
nas aulas de biologia. Fizemos uma parada para o lanche.
Comemos
no bar do Seu Teobaldo, um senhorzinho simpático, com uma carinha super
amistosa e após o lanche, vimos a replica do casarão dos Ibagy, depois seguimos
até as suas ruínas. No caminho paramos na APAE e conhecemos o trabalho de
algumas professoras, que pode-se ver se dedicam muito para oferecer o melhor
aos seus alunos. Saindo de lá, chegamos ao casarão, passando pelo Obelisco em comemoração aos 150 anos da comunidade. Segundo a professora
Eliziane, a dez anos a casa ainda estava de pé e os alunos de nossa escola, também
na realização de um projeto, tiveram o privilégio de conhecer a casa enquanto
ela ainda estava inteira. Pode-se notar que a casarão era uma construção
imponente para a época e ainda consegue-se ver as pinturas, que enfeitavam cada
cômodo.
Tivemos
que apressar nosso retorno, devido ao horário de nosso transporte e não pudemos
fazer a macabra visita ao cemitério, mas mesmo em frente ao ônibus podemos
conhecer algumas estórias de almas que vagam por aquelas paragens!
Retornei
a escola eufórica, tamanho o banho de história que tomei logo pela manhã. Os
alunos pareceram satisfeitos, assim como os professores que também se
encantaram com as explicações do professor Juliano. Este foi apenas o primeiro
destino e estou curiosa para saber o que Alfredo Wagner nos reserva!
Professora: Carol Pereira.
Adorei a matéria sobre nosso município, estou curiosa para saber o que temos para conhecer e aprender para a próxima semana... Parabéns professores é um rico projeto, quanto conhecimento vamos resgatar nestas visitas e exploração as comunidades do município.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa!
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