segunda-feira, 22 de julho de 2013

Personalidades: Alfredo Wagner Júnior (Duca)

Por Wendalina Cunha
Data de nascimento: 28 de janeiro de 1901
Data de falecimento: 27 de agosto de 1977

Desde a infância com as brincadeiras e brinquedos feitos por ele mesmo (boi de sabugo de milho), seu futuro como pecuarista em Maracujá já era vislumbrado, em relação a isso uma das suas maiores preocupações era com os leões que matavam sua criação.
Aos oito anos iniciou sua vida escolar que teve duração de apenas quatro meses, pois seu pai Alfredo Henrique Wagner chamou-o para trabalhar como "madrinheiro", profissão essencialmente infantil onde uma criança montada em um cavalo (chamado de cavalo madrinha) seguia à frente da manada destinada à venda. Seguindo as instruções de seu pai desempenhou muito bem esta atividade até sua adolescência. Quando iniciou viagens de carroça para Florianópolis levava a madeira da madeireira de seu pai em Lomba Alta e trazia do litoral produtos beneficiados como café, sal e açúcar; produtos estes escassos aqui na época.
Com o tempo abriu um armazém na Lomba Alta e lá revendia tudo o que trazia, mas como nem sempre tinha madeira para levar mobilizou a comunidade local para produzir produtos coloniais e os vendia no litoral. Assim surgiu a oportunidade de ter um box na feira de Florianópolis e lá nas quartas-feiras negociava os produtos que levava e comprava os que precisava trazer.
Casou com Lidia Beling e teve sete filhos: Maria Vilma, Vali, Clélia, Julia Antonieta, Américo, Alfredo e Antonio Carlos. Nesta época iniciou sua vida política candidatando-se a vereador em Bom Retiro (Alfredo Wagner ainda não era emancipado) e perdeu a disputa; porém quando Alfredo Wagner tornou-se município candidatou-se a prefeito concorrendo contra Rogério Pedro Kretzer (UDN) e venceu, sendo reconhecido como primeiro prefeito eleito ( 1963-1969).
Seu partido era PSD e foi apoiado pelo pai e pelas irmãs, mas o irmão mais velho, Olíbio Wagner (tio Lili) e os demais irmãos eram da UDN, isso ocasionou desavenças graves na família.
Ficou conhecido como um homem empreendedor e de iniciativa para ajudar seus amigos, pois costumava com frequência ser avalista junto ao banco para que estes conseguissem adquirir terras para morar e dedicar-se a agricultura.

Informações transmitidas por:
Maria Wagner da Cunha
Rogério Antônio da Cunha

Correções: Ana Paula Kretzer

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