quinta-feira, 17 de junho de 2010

RETORNO PARA WASHINGTON DC

(Roteiro Viagem Intercâmbio USA)

RETORNO PARA WASHINGTON DC. - 08 DE NOVEMBRO

Embarcamos no aeroporto de San Fransisco as 04h00 horas da manhã e seguimos viagem até a cidade de Washington, foram 8:00horas de voo,estávamos muito cansados.No aeroporto de Dulles já nos esperavam e nos levaram ao hotel Double Tree,para deixarmos as bagagens ,descasarmos por 1:00hora e  as 19:15h fomos para o escritório da American Councils.
O grupo de diretores brasileiros relatou as experiências obtidas nas escolas anfitriãs nos EUA.
Apresentamos as lições aprendidas como parte do Programa de Intercambio. A sra Zara encerrou o encontro e fomos jantar, retornamos para o hotel para descansar. No dia seguinte, teríamos ainda uma agenda cheia de trabalhos.
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 Aeroporto de San Francisco com destino para Washington

WASHINGTON D.C.,09 DE NOVEMBRO

Chegou o dia de voltarmos para o Brasil, à saudade da família era muito grande, e a vontade de contar tudo que vimos e aprendemos, também .
Foram tantos momentos bons e únicos de nossas vidas que precisávamos extravasar nossas emoções vividas nos EUA para as pessoas que amamos, para os colegas de trabalho, os alunos, os vizinhos, enfim para toda a nossa comunidade.
Para iniciar o dia, tomamos café da manha no hotel e realizamos o check-out.
O sr Tim Hair nos encontrou no lobby do hotel e seguimos o percurso a pé até o American Council for International Educacion.
Durante o dia tivemos uma agenda de trabalhos que aconteceu até à hora de nos dirigirmos para o Aeroporto de Dulles em Washington.
A palestrante Mary Ellen Sariti,oficial do programa fez a abertura da programação do dia.
Apresentou-nos a Dra K.C.Soares, Consultora de Liderança em Educação que foi a apresentadora dessa sessão.

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 Reunião na American Councils com os diretores Brasileiros
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                      Pronunciamento de agradecimento da professora Heloisa
[Fotos+Brasilia+042.JPG]
 Despedida dos diretores brasileiros no Programa de Intercambio de Diretores Brasil – Estados Unidos

CONCLUSÃO

A Escola de Educação Básica Silva Jardim ao ser Escola Referencia Nacional em Gestão Escolar teve a oportunidade de participar do Programa de Intercambio de Diretores escolares - Brasil – Estados Um idos.
Enquanto Gestora da escola participei juntamente com 20 diretores de escolas públicas de todo Brasil do Programa de Intercambio, viajando, para os Estados Unidos no período de 27 de outubro a 10 de novembro.
Foram 15 dias de muito estudo, informação e aquisição de conhecimentos adquiridos ao participar de todas as reuniões e atividades profissionais providenciadas pela American Councils e pelo diretor de escola anfitrião dos EUA.
Apoiar o entendimento mútuo entre educadores do Brasil e dos EUA por meio de desenvolvimento e intercambio profissional, oferecer aos educadores do Brasil e dos EUA a oportunidade de interagir entre si, com outros diretores, professores, alunos e líderes comunitários, compartilhar melhores práticas sobre sistema e gestão escolar e apoiar a internacionalização e o aumento da qualidade de ensino nas escolas foram efetivados no programa através de seminários, palestras, oficinas de Liderança e vistas as escolas americanas de diferentes estados dos EUA.
Observar o ambiente escolar, as metodologias de trabalho, os instrumentos de planejamento e avaliação, a dinâmica de organização da escola (escola/comunidade, disciplina, recursos humanos e financeiros), tempo escolar, e rotina do diretor, foram preciosos para nós diretores.
As visitas as escola foram rápidas, porém eficazes. O diretor que nos recebia, conversava conosco, em seguida mostrava o prédio escolar.
Os aspectos citados acima diferem muito das escolas do Brasil. A começar pelo tamanho e estrutura das escolas, para receberem seus alunos. Enquanto escolas públicas brasileiras como exemplo a escola a qual sou diretora (E.E.B.Silva Jardim) que recebe 1.000 alunos por dia  tem 14 salas de aula,uma das escolas que visitei tem 65 salas de aula  e atende 1.900 alunos.O número de alunos por sala também é bem menor do que nas escolas brasileiras.
O suporte de recursos humanos que tem nas escolas, também é muito bom.
O que permite ao diretor fazer se cumprir o seu papel principal que é o pedagógico.
Nós gestores brasileiros temos de fazer de tudo na escola, desde uma torneira que quebra na escola até o fundamental papel do diretor que é a aprendizagem do aluno.
No Brasil percebi que perdemos muito tempo com resoluções de problemas que não deveriam fazer parte do trabalho do gestor, mas por falta de recursos humanos acabamos fazendo.
Daí, a grande diferença do diretor de escola dos EUA para o diretor de escola brasileira.
O Perfil do diretor americano exige muita competência, propostas de trabalho e resultados, assim como acontece também com os professores que lecionam nas escolas. O mínimo de escolaridade que presenciei nas minhas visitas a escolas de diretores, quanto de professores é no mínimo mestrado, uma grande maioria tem doutorado e até. PH. D.
Um fato muito importante nas observações feitas nas escolas é o tempo pedagógico, não se perde tempo na escola, tudo é cobrado e realizado dentro do prazo, desde planejamento, avaliações enfim tudo que é essencial para uma aprendizagem significativa.
Percebe-se muito envolvimento dos alunos nas aulas. O professor é o mediador do processo de ensino aprendizagem.
Os alunos sabem por que vão para a escola, eles tem consciência de que estão lá para estudar e aprender. Os pais também veem a escola como algo muito importante, tanto que a participação dos mesmos nas escolas é muito forte,
A comunidade é agente participativo e importante para a escola. É muito comum nas escolas pessoas que fazem em trabalhos voluntários.
Nos Estados Unidos pelas visitas realizadas constatou-se que os pais, as empresas, a comunidade tem um envolvimento muito grande com a escola. As parcerias, o olhar que os americanos têm com a educação é evidente nas escolas.
O diretor tem muita autonomia para resolver os problemas, pode contratar professores e até demitir, como ele também pode ser demitido caso os resultados esperados não sejam alcançados.
Os alunos ficam na escola em tempo integral, tem aula de musica, oficinas de artes, mecânicas, laboratórios de ciências, de informática, entre outras.
De toda a experiência vivida nos EUA, visitando e observando as escolas, concluímos que as escolas brasileiras estão aquém nos que diz respeito a estrutura física,mas que para mim,não é o mais importante,pois uma aula com aprendizagem significativa ,bem planejada pode ser dada embaixo de uma árvore. O que as escolas brasileiras precisam avançar é no aproveitamento do tempo pedagógico,no planejamento coletivo,na maior participação dos pais e comunidade nas escolas.
As escolas brasileiras precisam conquistar cada vez mais seu espaço, conquistar a confiança da comunidade onde está inserida e recuperar o respeito merecido pela sociedade.
Já avançamos muito, cada dia temos exemplos de trabalhos dignos de gestores e professores.
As dificuldades enfrentadas nas escolas públicas do Brasil, fazem com que nós educadores sejamos muito criativos, e saibamos trabalhar com nossos alunos com o que temos.
Tenho certeza que se as escolas brasileiras tiverem melhores condições de trabalho, capacitações continuadas para os profissionais da educação com mais qualidade, nossos alunos que são os agentes transformadores desta sociedade estariam mais bem preparados para frequentar um Ensino Superior, trabalhar com competência, ser um cidadão de fato.
Precisamos quebrar o paradigma de que escola pública não tem qualidade. Precisamos aproveitar e ocupar o tempo pedagógico com eficiência. Precisamos de uma gestão focalizada na aprendizagem do aluno.
Esta luta não é do diretor, dos agentes políticos, dos professores, dos alunos dos pais. “Essa luta é nossa”.
Com a participação do programa de Intercambio de diretores brasileiros, trouxemos muitas experiências que podemos inserir nas escolas públicas brasileiras.
Este Intercambio nos renovou as esperanças, e a motivação para continuarmos em frente com o nosso trabalho, e acima de tudo acreditarmos que é possível sim, motivar os alunos para aprendizagem, para pesquisa e para o conhecimento.

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